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A IMPORTÂNCIA DO RELATÓRIO MÉDICO PARA CONSEGUIR MEDICAMENTOS ONCOLÓGICOS PELA JUSTIÇA

A IMPORTÂNCIA DO RELATÓRIO MÉDICO PARA CONSEGUIR MEDICAMENTOS ONCOLÓGICOS PELA JUSTIÇA

Quando um paciente com câncer precisa de um medicamento de alto custo e não consegue obter cobertura pelo plano de saúde ou pelo SUS, muitas vezes a única solução rápida e eficaz é recorrer ao Poder Judiciário.
Nesses casos, o documento mais importante de todo o processo é o relatório médico. É ele que demonstra a real necessidade do tratamento, fundamenta o pedido liminar e convence o juiz sobre a urgência do quadro clínico.

Um relatório bem elaborado pode ser a diferença entre um pedido deferido em poucas horas ou negado por falta de informação.

Por que o relatório médico é tão importante na ação judicial?

Em ações de saúde, o juiz não é médico. Portanto, a decisão dele se baseia exclusivamente nos elementos técnicos que compõem o processo — e o principal deles é o relatório médico detalhado, assinado pelo médico assistente.

É esse documento que:

  • comprova o diagnóstico e o estágio da doença;
  • apresenta a evolução clínica do paciente;
  • explica por que o tratamento solicitado é indispensável;
  • demonstra que alternativas anteriores foram insuficientes;
  • revela urgência e risco de agravamento.

Quanto mais completo o relatório, maior o convencimento do magistrado e mais rápida a concessão da liminar.

O que um bom relatório médico deve conter? (Checklist Completo)

Para aumentar as chances de deferimento imediato, o relatório precisa reunir informações essenciais. Entre elas:

  1. Diagnóstico preciso, com CID e descrição clínica

O médico deve informar o tipo do câncer, subtipo, grau histológico, receptor hormonal (se aplicável), além da Classificação Internacional de Doenças (CID).

  1. Estadiamento do tumor

Dados como TNM, estadiamento clínico ou patológico, presença de metástases, acometimento linfonodal e risco prognóstico.

  1. Histórico de tratamentos já realizados

Inclui quimioterapias prévias, hormonioterapia, imunoterapia, cirurgias, radioterapia e resposta terapêutica anterior.

  1. Justificativa técnica para o medicamento de alto custo

É essencial que o médico explique por que o medicamento é o mais adequado ao caso — e por que outras opções não servem, não são eficazes ou são contraindicadas.

  1. Riscos da ausência do tratamento

O relatório deve demonstrar se há risco de progressão tumoral, metástase, agravamento do quadro, perda de resposta terapêutica ou risco de morte.

  1. Evidências científicas

Indicando diretrizes como:

  • NCCN (National Comprehensive Cancer Network)
  • ESMO (European Society for Medical Oncology)
  • Diretrizes da CONITEC
  • Pareceres do NATJUS
  • Artigos científicos recentes

Esse ponto ajuda muito na concessão de liminar, pois traz embasamento técnico sólido.

  1. Urgência e recomendação expressa

O relatório deve deixar claro que o início imediato do tratamento é indispensável.

Como o relatório impacta diretamente o deferimento da liminar

O juiz analisa três pontos para conceder uma liminar: probabilidade do direito, urgência e risco do dano irreparável.

O relatório médico robusto atinge exatamente esses três requisitos:

  • prova a necessidade (probabilidade do direito);
  • demonstra urgência clínica;
  • comprova que o paciente pode sofrer agravamento grave (risco de dano).

Por isso, quando o relatório é claro e completo, o pedido costuma ser concedido em 24 a 72 horas, dependendo da comarca.

Por que muitos pedidos são negados?

Muitas liminares são indeferidas por relatórios que contêm:

  • descrições genéricas como “paciente necessita do medicamento”;
  • ausência de justificativa técnica;
  • falta de CID ou estadiamento;
  • não demonstram urgência;
  • não apresentam tentativas terapêuticas prévias;
  • não explicam por que o medicamento é imprescindível.

Relatórios assim fragilizam o processo e reduzem as chances de decisão favorável.

Dicas para pacientes e familiares

  1. Sempre solicite ao médico um relatório detalhado e específico.
  2. Leve laudos, exames, biópsias e resumos de alta.
  3. Pergunte ao médico se ele pode citar diretrizes técnicas.
  4. Entregue tudo ao advogado o quanto antes para agilizar a ação.

 

Em caso de dúvida, entre em contato com nossa equipe. Um advogado especializado em direito da saúde é essencial para que defenda os seus direitos na área da saúde. A Guedes & Ottoni está à disposição para resolver essa situação e manter a sua saúde em dia. Conhecemos todos os seus direitos e atuamos por você!

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